quarta-feira, 6 de maio de 2015

Imaculada Conceição de Maria

O dogma da Imaculada Conceição nos ensina que Maria é uma pessoa completamente iluminada por Deus, o templo humano onde o pecado não entra e a Graça habita com intensidade única. Bem antes de se tornar dogma, já se cultuava Maria como “Nossa Senhora da Conceição”. A devoção Mariana foi se desenvolvendo no correr dos séculos, o povo intui, sem ter estudado teologia, que Maria é toda santa, toda de Deus.

Não há texto bíblico que afirme claramente a Imaculada Conceição.
Em Gn 3,15 se promete que a descendência da mulher esmagará a cabeça da serpente.
Em Lc 1,28, na saudação do anjo, se diz somente que Maria é especialmente agraciada por Deus. Daí se pode concluir que, se Maria é cheia de graça, então pecado nenhum nela habitou. Logo, ela seria imaculada.

Nos primeiros séculos do Cristianismo, desenvolve-se o paralelismo simbólico entre Maria e Eva, compreendidas como a virgem desobediente – Eva – que leva a humanidade ao mal e a virgem obediente – Maria – que abre o caminho para o bem. Nasce assim a devoção Mariana. Os Pais da Igreja, como Irineu e Orígenes, falam da perfeita santidade de Maria e ao mesmo tempo sinalizam que ela peregrinou na fé.

No século VIII,surge no Oriente a Festa da Concepção de Maria, que era celebrada como devoção. No século seguinte, é introduzida na Itália e na virada do primeiro milênio começa a ser difundida no ocidente, sobretudo na Inglaterra, espalhando-se pela França e Espanha.

No século XIX, aumenta visivelmente a devoção a Maria. Na aparição da Medalha Milagrosa em 1830, está escrito: “Ó Maria, sem pecado original, rogai por nós.”

O entusiasmo do povo de Deus do mundo inteiro - e especialmente da Espanha - fazia-se sentir até no Vaticano. Entretanto foi preciso esperar até 8 de dezembro de 1854 para a declaração do dogma. Então, como afirma Pio IX, "teria chegado o tempo oportuno para definir a Imaculada Conceição da Virgem Mãe de Deus, que a Sagrada Escritura, a veneranda tradição, a constante percepção da Igreja, o singular consenso dos Bispos católicos e dos fiéis, os atos memoráveis e as constituições dos nossos predecessores ilustram e explicam admiravelmente".

A solene definição teve lugar na Basílica Vaticana com a presença de numerosas autoridades eclesiásticas e de uma multidão de devotos. Observou uma testemunha ocular desse memorável dia: "É hoje em Roma, como outrora em Éfeso: as celebrações de Maria são, em toda a parte, populares. Os romanos se aprestam a receber a definição da Imaculada Conceição, como os efésios acolheram a da Maternidade Divina de Maria: com cânticos de júbilo e manifestações do mais vivo entusiasmo".
Estava consagrada para sempre a fórmula encontrada pelos fiéis espanhóis, que tão grande papel tiveram na difusão desta verdade, para expressar seu amor pela Imaculada: "Ave Maria Puríssima, sem pecado concebida!".

Veja mais:
http://coisasdesantos.blogspot.com.br/2015/02/dogma-da-imaculada-conceicao-de-maria.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário