terça-feira, 25 de outubro de 2016

São Frei Galvão

Primeiro santo brasileiro, Frei Galvão, nasceu em Guaratinguetá, no estado de São Paulo, não sabemos a data certa, supõe-se que seja em 1739.
Estudou no colégio Jesuíta na Bahia, mas entrou para a Ordem dos Franciscanos em 1761. Adotou o nome de Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, sendo ordenado em 1762.
Aos 27 anos escreveu um documento em que se colocava como servo e escravo da Virgem Maria. Com esse documento ele reforçava o propósito de permanecer imaculado, sem pecados, como Maria, e servir aos bons e aos maus por toda a vida. A carta foi assinada com sangue retirada de seu peito.
Desde muito cedo destacou-se pela maturidade cultural e humana. Fazia confissões e pregações com freqüência, mas destacava-se como porteiro do Convento de São Francisco: sua doçura e bondade ganharam fama e começaram a atrair grande número de fiéis.
Com irmã Helena Maria do Espírito Santo abriu o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição e da Divina Providência, com a morte da irmã, passou a cuidar sozinho da instituição, depois chamado de Recolhimento da Luz.
Sempre foi com grande apreço que Frei Galvão cuidou do convento e amparou as jovens religiosas. Para elas escreveu um estatuto que serve até hoje como guia de vida e disciplina. Assim começou a ganhar fama de santidade.
Faleceu aos 83 anos de idade, na ocasião mais de 3 mil pessoas compareceram ao seu velório, numa época que a cidade tinha 25 mil habitantes.

Há diversas histórias curiosas, como a de um escravo liberto que, ficando doente, fez promessa de levar a Frei Galvão “uma vara com 12 frangos” caso sarasse, o que de fato aconteceu. Por essa razão, amarrando as aves em uma vara, pôs-se a caminho. Aconteceu que ao meio da jornada três frangos lhe escaparam.
Recolheu facilmente dois. O terceiro, um “carijó”, fugiu velozmente, irritando o velho, que gritou impaciente: - volta aqui, frango do diabo! Nesse momento, entrando em uma moita de espinhos, o frango se deixou apanhar.
Após a caminhada, o liberto foi alegremente entregar seu presente ao Frade, que aceitou todas as aves, menos a “carijó”: - Porquê este frango, já o deste ao diabo! – disse-lhe ele.

Como aconteceu com São Francisco e Santo Antônio, há registros de dons sobrenaturais de Frei Galvão observados enquanto ele estava vivo:

Bilocação

Pelo que consta, o fato ocorreu por volta de 1810, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva (Airosa Galvao) municipio de Jaú, próximo à Pederneiras e Bauru. Manuel Portes, capataz de uma expedição de vinha de Cuiabá, homem de temperamento instável, castigou severamente o caboclo Apolinário por indisciplina. Ao notar o capataz distraído, o caboclo, por vingança, o atacou pelas costas com um enorme facão, e fugiu.

Sentindo que a vida abandonava-lhe o corpo, Manuel Portes, no auge de desespero pôs-se a gritar: "Meu Deus, eu morro sem confissão! Senhor Santo Antônio, pedi por mim! Dai-me confessor! Vinde, Frei Galvão, assistir-me!" Eis que então alguém gritou, avisando que um frade se aproximava, e todos identificaram Frei Galvão. Assim contaram as testemunhas: "aproximou-se o querido sacerdote, afastou com um gesto dos espectadores da trágica cena, abaixou-se, sentou-se, pôs a cabeça de Portes sobre o colo e falou-lhe em voz baixa, encostando-lhe depois o ouvido aos lábios. Ficou assim alguns instantes, findo os quais abençoou o expirante. Levantou-se, então, fez um gesto de adeus e afastou-se de modo tão misterioso quanto aparecera". Afirma-se que naquele instante Frei Galvão encontrava-se em São Paulo, pregando. Interrompeu-se, pediu uma Ave-Maria por um moribundo e, acabada a oração, prosseguiu a pregação.
Há outros casos semelhantes, principalmente relatos de socorro de Frei Galvão aos moribundos.

Telepatia

Em uma cidade Frei Galvão era conduzido em uma cadeirinha coberta. Uma senhora, através de sua janela de rótulas (madeiras cruzadas), vê a cadeirinha, em que sabe, está o "santo frade". E ela, sucumbida pelas amarguras da vida, soluçando, pensa consigo: "Ah, se Frei Galvão se lembrasse de mim, se ao menos me desse sua benção". No mesmo instante Frei Galvão levanta as cortinas da cadeirinha, debruça-se para fora, em direção daquela janela, e sorridente, abençoa a senhora, atrás das rótulas. E os que presenciaram o fato, afirmaram que o franciscano não tinha a menor possibilidade de ver aquela senhora, porque era conduzido pelo lado oposto da rua.


Premonição

Em todas as vilas e cidades por onde passava, a pedido dos párocos, Frei Galvão pregava. Por vezes era tão numeroso o auditório que, não o contendo dentro da igreja, era preciso pregar ao ar livre. Em Guaratinguetá ocorreu um fato extraordinário: o sermão havia começado, quando se forma uma grande tempestade; a chuva desaba, e quando viram que ela chegava ao largo, onde se encontravam, quiseram se retirar. Frei Galvão, porém, lhes disse que fiquem pois nada sofrerão. De fato, a chuva não caiu sobre o Largo.

Clarividência

Uma menina foi levada à presença de Frei Galvão. No decorrer da conversa, perguntou à ela sobre o que desejava ser. Respondeu que queria ser freira. Frei Antonio a abençoou com carinho e profeticamente lhe confirma a vocação. De fato, aos 19 anos ela ingressa em um Convento.

Levitação

No Mosteiro da Luz há viários testemunhos sobre a capacidade de Frei Galvão tinha de levitar. Dentre eles, há o relato de uma senhora nos seguintes têrmos: caminhando em plena rua, pôde observar o Frade que se aproximava todo recolhido. Ao se cruzarem, ela exclamou, espantada: "Senhor Padre, vós mecê anda sem pisar no chão?" E o Frei sorriu, saudou e seguiu diante.

Telepercepção

Antigamente, quando os sinos badalavam fora de horário de reza, a comunidade se reunia pois sabia que algo de extraordinário acontecera. Certo dia, os sinos do Mosteiro tocaram e a população atendeu a convocação. Frei Galvão, então já bem idoso, anunciou: "Rebentou em Portugal uma revolução" (talvez a de 1820). E relatou detalhes como se estivesse assistindo a tudo pessoalmente. Semanas depois, chegaram notícias confirmando as visões de Frei Galvão.


As Pílulas de Frei Galvão clique aqui

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