quinta-feira, 16 de julho de 2020

16 de julho - Jesus perguntou àquele que tinha falado: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' Mt 12,48

Quando foi anunciado a Jesus que a sua mãe e os seus irmãos estavam lá fora e desejavam vê-lo, ele respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põe em prática” Disse isto percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, indicando com a mão os seus discípulos.

Ele quer desviar a atenção da maternidade entendida só como um vínculo do sangue, para a orientar no sentido daqueles vínculos misteriosos do espírito, que se formam com o prestar ouvidos e com a observância da palavra de Deus.

Ter-se-á afastado, por causa disto, daquela que foi sua mãe, a sua genetriz segundo a carne?

Desejará, porventura, deixá-la na sombra do escondimento, que ela própria escolheu?

Embora assim possa parecer, se nos ativermos só ao som material daquelas palavras, devemos observar, no entanto, que a maternidade nova e diversa, de que Jesus fala aos seus discípulos, refere-se precisamente a Maria e de modo especialíssimo.

Não é, acaso, Maria a primeira dentre aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põe em prática? 

E, portanto, não se referirão sobretudo a ela aquelas palavras abençoantes pronunciadas por Jesus, em resposta às palavras da mulher anônima?

Maria é digna, sem dúvida alguma, de tais palavras de bênção, pelo fato de se ter tornado Mãe de Jesus segundo a carne; mas é digna delas também e sobretudo porque, logo desde o momento da Anunciação, acolheu a palavra de Deus e porque nela acreditou e sempre foi obediente a Deus; ela, com efeito, “guardava” a palavra, meditava-a “no seu coração” e cumpria-a com toda a sua vida.

Carta Encíclica Redemptoris Mater – nº 20 – São João Paulo II

Hoje celebramos:
Nossa Senhora do Carmo
Santa Maria Madalena Postel
Beata Ermengarda de Chiemsee

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